A aventura começa no porto Roadway, de onde partimos em lancha rápida pelas águas escuras e misteriosas do Rio Negro. Durante o trajeto, os viajantes são convidados a contemplar a paisagem exuberante da floresta amazônica, enquanto o guia compartilha curiosidades sobre a região e o povo que ali vivem há séculos. Ao atracar às margens do Rio Negro, somos recepcionados calorosamente pelo anfitrião da comunidade indígena. A saudação inicial marca o início de uma experiência autêntica de turismo de base comunitária, em que os visitantes são convidados a vivenciar o cotidiano e a sabedoria dos povos originários da Amazônia.

Em um momento emocionante e culturalmente rico, a comunidade realiza uma apresentação de danças rituais. Cada movimento expressa a espiritualidade, os ritos e as histórias ancestrais que sustentam a identidade daquele povo. A dança não é apenas espetáculo — é tradição viva, transmitida de geração em geração. Após a apresentação, os visitantes têm a oportunidade de conversar com membros da comunidade, conhecendo mais sobre seu modo de vida, valores e tradições. Um momento especial para apreciar os trabalhos manuais produzidos com matéria-prima da floresta, como sementes, fibras e madeiras, disponíveis para aquisição como forma de apoiar a economia local.

Conduzidos por um guia indígena experiente, embarcamos em uma caminhada pela floresta amazônica. Ao longo da trilha, o guia compartilha saberes ancestrais sobre a rica biodiversidade da região, especialmente o uso de plantas medicinais, técnicas de sobrevivência e respeito à natureza — pilares da vida na floresta.

O tour inclui uma pausa especial para o almoço na comunidade, preparado com ingredientes frescos e típicos da culinária indígena. O cardápio costuma incluir pescados regionais, frutas da floresta, farinha e especiarias indígenas — tudo feito com carinho e técnicas tradicionais. Uma experiência de sabor e conexão com a terra.

Ao fim das atividades, nos despedimos da comunidade e embarcamos novamente na lancha rumo a Manaus, levando conosco não apenas lembranças inesquecíveis, mas um novo olhar sobre a Amazônia e seus guardiões.